Rabo de Saia

Os factos aqui contidos são reais e qualquer semelhança com a ficção é mera coincidência.

 

sexta-feira, setembro 22, 2006

Quote Of The Day

I'm not the man I used to be, so why should I have to pay off his
debts? - Gary Apple

terça-feira, setembro 19, 2006

Uma questao de carreira

A Carris quis mudar as carreiras em Lisboa. A Camara de Lisboa lah refilou e tal, mas a remodelacao deu-se.

O que os Sres da Carris nao sabem eh que terao ditado o fim a amizades de anos, a amores passados e futuros, a rotinas de vida que para mim como para tantos outros diariamente amenizavam a merda do facto de apanharmos a primeira carreira do dia. Que ainda era de noite.

Estou a falar dos habitues. Os paraquedistas, esses nao tenho qualquer respeito por eles. Ha que ficar fiel ah sua carreira, caramba.

Quando chegava ah minha paragem jah lah estava o Sr de meia idade, chamemos-lhe assim. Cumprimentavamo-nos com um "bom dia" enssonado e quando o autocarro encostava deixava-me sempre entrar primeiro com honras de jantar de luxo.

Eu - Bom dia, quanto eh?
Motorista - Esta a brincar comigo? Ainda nao sabe?
Eu - Errr, pois, sim sei, mas esqueci-me.
Motorista - 1.20. Ainda gostava de perceber porque eh que a Sra anda a pagar bilhetes se anda nisto todos os dias.
(notem como o Sr. motorista me trata com deferencia. Mesmo a tratar-me como um asno, nao deixa de me chamar de Sra.)
Eu - Errr, pois, mas sabe, jah pedi o passe mas demora a entregar. E depois ainda tenho de comprar o selo. E nao tenho tido tempo e ...

Entretanto lah me sentava sob olhar cumplice e carinhoso da velhota dos sapatos verdes e do rapaz da pulseira de ouro. Ambos apanhavam o autocarro na paragem antes. A primeira paragem.

Mais abaixo entra a Sra de meia idade, sempre envolta numa aura neglige xique patrocinada pela loja chinesa mais proxima. O Sr de meia idade faz-lhe uma venia e levanta-se para a deixar para ao peh da janela. Conversam educadamente o resto da viagem.

Pouco depois eh a vez da Rapunzel, a rapariga ruiva do cabelo estupidamente comprido e do velhote do saco deportivo preto em punho. Sentam-se os dois ao peh da velhota dos sapatos verdes. Trocam uns cumprimentos mas sem grandes intimidades. Nao eh como a oferecida da neglige xique.

A Rapunzel foi operada ha pouco tempo, anda devagar e traz sempre umas olheiras de palmo. Eh nova mas ve-se logo que eh daquelas que jah nem o marido quer comer. Ar de desgracada. E tem franja.

Sai adiante com a velhota dos sapatos verdes. O velhote muda imediatamente de lugar para ficar virado para a frente e coloca o saco preto em cima do banco adiante.

Pouco depois eh a minha vez de sair, lado-a-lado com o rapaz da pulseira.

O que se passa depois nao sei mas supeito que se comente o facto de eu todos os dias comprar o bilhete em vez de pedir o passe.

Ahs sextas-feiras, ah medida que vao saindo, os meus amigos - sim, os meus amigos - vao olhando em volta e dizendo: "-ateh segunda, bom fim de semana."

Ora, tudo isto se perdeu. E isto sao perdas que nao se leem nos cabroes dos numeros da racionalizacao da Carris.

segunda-feira, setembro 18, 2006

I know you know that I know

How does a toddler become an adolescent in less than a blink of an eye? And before you all go “pffff, what a common place,” lemme tell ya all that if us mothers are still struggling with this issue, I don’t see why we should stop going on and on about it.

How much is too much when it comes to guiding your children? When do you go from a loving mother to a control freak standing outside school gates half an hour before classes are over? How can you make sure your kids are ok without overprotecting them?

Is the answer in some kind of scientific breakthrough enabling humans to jump directly from 10 years old to adulthood without having to drive their parents nuts? Or, coming to think of it, don’t parents claim that kids drive them nuts even when they are adults?

I dare to say it may be much simpler. To me, it is just a matter of being around the house more rather inevitably facing motherhood as a task with deadlines, schedules and compensation. If only we could leave the work mind set at the door. If only the workplace took in more of the house rules rather than the opposite.

I long for that day when some enlightened soul appears on TV stating the obvious. That life is unbearable as is, that people do not spend enough time with their families and that the working week will be reduced to half.

Sure, you do sweat it off to raise a family. But isn’t it mad to go and sweat it off somewhere else so I can afford to pay some one else to take care of my kids and cook for me when I would kill to do that for myself?

Call me insane but you’re the crazy ones for thinking I am mad.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Dei-me agora conta...

... que o aquario da marisqueira estah para uma sapateira, como a rua de sol ao rato estah para quem por lah passe a peh.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Nota negativa

... para a senhora da TSF que diz "Sonae Serra", em vez de "Sonae Sierra".

When did we go English?

Ora bem. Por razoes que nao vale a pena aqui escamutear sou deixada ah (que eh o mesmo que a com acento) merce de um teclado sem acentos. E Restam-me duas alternativas: escrever em ingles ou escrever em portugues, mas sem acentos.

Esta ultima seria a derradeira machadada nas minhas possibilidades de algum dia vir a ser entrevistada por uma Ana Sousa Dias ou mesmo, quica, com alguma sorte, por uma Barbara Guimaraes.

Por conseguinte, doravante irei salpicar este blog com postas em ingles.

Someone please tell Mr. Bush ...

... that beating is not torture, as much as a blow job is not sex.